A transformação digital da indústria brasileira deixou de ser um diferencial competitivo e se tornou uma necessidade para empresas de todos os segmentos. Em meio a esse cenário, o sistema MES (Manufacturing Execution System) ganhou notoriedade por ser uma das ferramentas mais estratégicas na jornada de digitalização do ambiente industrial. Entretanto, quando tratamos de pequenas e médias indústrias, é muito comum que surjam dúvidas como: será que esse é o tipo de tecnologia mais viável para empresas com menos recursos?
O que antes era visto como uma solução voltada apenas para grandes fábricas multinacionais, hoje se torna mais acessível, adaptável e vantajoso para negócios de menor porte. A evolução do sistema MES — com modelos modulares, rápida implementação e baseados em nuvem — tem quebrado as barreiras da complexidade e dos custos relacionados.
O que é Sistema MES e como ele funciona?
O sistema MES é um recurso voltado para a gestão da produção em tempo real. Ele funciona como um elo entre o sistema de planejamento e o chão de fábrica, permitindo o controle, monitoramento e otimização de todos os processos da manufatura. O seu principal objetivo é garantir que a produção ocorra de forma eficiente, padronizada e com qualidade superior.
Dentre as principais funções desse sistema estão o controle das ordens de produção, rastreabilidade dos materiais, coleta de dados, gestão de operadores e máquinas, monitoramento de indicadores de desempenho, além da integração com sensores e equipamentos da planta industrial. Essas múltiplas funcionalidades oferecem uma visão mais detalhada e completa, permitindo ações rápidas diante de desvios e desperdícios.
Em outras palavras, o sistema MES dá ao gestor a capacidade de enxergar exatamente o que está acontecendo na indústria — o que foi produzido, quanto tempo levou, quais foram os recursos utilizados e o índice de perdas. Esse nível de controle é fundamental para uma indústria que deseja se manter competitiva em um mercado tão acirrado.
Por que o MES é associado a grandes indústrias?
Historicamente, o sistema MES foi implementado primeiro em grandes corporações, principalmente nos setores eletrônico, automobilístico e farmacêutico. Isso porque as primeiras versões dessa solução exigiam investimentos robustos em infraestrutura, hardware e customização. Além disso, ele também apresentava uma implementação longa e complexa, demandando equipes especializadas e alto custo com manutenção.
Outro fator que contribuiu para essa associação é que essas indústrias apresentavam linhas de produção mais extensas, múltiplas plantas e um nível elevado de exigência regulatória, que justificava a presença de sistemas mais sofisticados. Entretanto, essa visão começou a mudar com a evolução da tecnologia e o amadurecimento do mercado.
Com a popularização da computação em nuvem, da Internet das Coisas e da Indústria 4.0, foram desenvolvidas soluções mais acessíveis, escaláveis e flexíveis. Hoje, já é possível encontrar sistemas MES voltados especificamente para pequenas e médias empresas, com implementação fácil e custo-benefício atrativo.
Benefícios do Sistema MES para pequenas e médias indústrias
Mesmo operando em menor escala, pequenas e médias empresas enfrentam desafios parecidos aos das grandes indústrias: redução de custos, aumento de produtividade, cumprimento de prazos, controle de qualidade e atendimento a padrões. O sistema MES é um recurso que pode contribuir diretamente para todos esses pontos.
Primeiramente, ele ajuda a eliminar gargalos e desperdícios, identificando ineficiências nos processos. Além disso, também permite um controle preciso de insumos, reduzindo perdas e melhorando o aproveitamento de materiais. Outro ponto é a rastreabilidade, que garante mais segurança e confiabilidade, principalmente em setores como alimentos, medicamentos e cosméticos.
O ganho em produtividade também é muito expressivo. Com informações em tempo real, os gestores conseguem tomar decisões mais rapidamente e de forma mais assertiva. Isso reduz as paradas não planejadas, aumenta o rendimento dos operadores e melhora a gestão de manutenção.
Por fim, o sistema MES facilita a integração entre produção, estoque, compras e planejamento, ajudando o chão de fábrica a se aproximar da gestão estratégica. Isso é muito valioso em empresas com equipes enxutas, onde a automatização das tarefas e a centralização de dados fazem muita diferença.
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Barreiras percebidas e como superá-las
Apesar das vantagens, muitas pequenas e médias indústrias ainda hesitam em adotar o sistema MES por receio dos custos, da complexidade técnica ou da falta de pessoal. De fato, existem barreiras que são reais, mas que podem ser superadas com uma abordagem estratégica.
A primeira dica é escolher um sistema escalável e modular, que permita começar com um número limitado de funcionalidades e que possa ser expandido gradualmente conforme a empresa cresce. Isso evita investimentos iniciais altos e garante um retorno mais rápido. Optar por soluções em nuvem, que reduzem o custo com infraestrutura e manutenção, também é uma alternativa interessante.
Também é fundamental envolver a equipe desde o início do projeto, explicando os objetivos dessa implantação e promovendo treinamentos específicos. A resistência à mudança pode acontecer, mas ela pode ser minimizada com comunicação clara e demonstração dos ganhos no dia a dia.
Além disso, também é importante contar com parceiros especializados para garantir que a implementação ocorra sem prejuízos. Um bom fornecedor poderá adaptar o sistema às suas necessidades específicas e garantir que sua empresa tenha todos os recursos de que precisa para aumentar a produtividade e garantir um controle completo.
Quando o investimento em MES se torna viável?
A viabilidade do sistema MES não pode ser avaliada apenas pelo porte da indústria. É preciso levar em consideração também a maturidade dos processos, os objetivos do negócio e a complexidade da operação. Empresas que enfrentam desafios recorrentes de produtividade, rastreabilidade e desperdício definitivamente têm muito a ganhar com essa tecnologia.
O retorno sobre o investimento costuma ser percebido em curto e médio prazo. A automatização das tarefas, a melhoria na tomada de decisão e a redução de erros geram resultados concretos que justificam a adoção dessa ferramenta.
Além disso, investir em um sistema MES é também uma forma de preparar a empresa para o futuro. Com as exigências de mercado cada vez mais altas — tanto em prazo quanto em qualidade —, contar com dados precisos e uma gestão completa é um diferencial competitivo.
Nesse sentido, a resposta à pergunta que dá título a este material é clara: sim, o sistema MES é viável para pequenas e médias indústrias — e pode ser um verdadeiro divisor de águas na busca por mais eficiência, crescimento e controle. Com a oferta de soluções acessíveis e adaptadas à realidade de cada setor, não há razões para enxergar essa tecnologia como exclusiva de grandes empresas.
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